Nunca foi fácil estar dirigente espiritual em um centro umbandista. Hoje em dia é mais difícil ainda. É solitário tomar decisões que envolvam uma coletividade. Na maioria dos casos se contraria interesses individuais de uns e outros. Impossível agradar a todos e este não deve ser o objetivo do sacerdócio na Umbanda.
Neste momento pandêmico do COVID:
- se o dirigente é orientado espiritualmente a não retornar aos trabalhos e manter o recesso, alguns são contra e não concordam;
- se o dirigente é orientado espiritualmente e retornar aos trabalhos, muitos são contra e não concordam.
Todos têm o direito de discordar e são livres para procurarem satisfazer seus anseios espirituais, inclusive podem e devem se desligar do centro e procurar outros que os atendam. Não há nada de errado neste trânsito e deve ser inclusive incentivado.
O que não deve acontecer é o dirigente “ceder” a pressões para “agradar” egos. Agrava a situação se o dirigente apresenta dependência financeira do trabalho religioso mediúnico, o que o fará ceder e a adular pessoas aqui e ali, transformando-se numa “gangorra” para atender os anseios alheios. Muitos caem neste quesito.
O exercício da equanimidade – justiça – parte de total desapego à necessidade de aprovação. Por outro lado, exige sensibilidade e empatia, para perceber o melhor para o coletivo em detrimento de movimentos individuais repletos de egoísmo. Equanimidade e judiciosa imparcialidade para se conseguir manter a sintonia límpida e cristalina com o Plano Espiritual Superior, que sempre age em favor do melhor para a maioria e não se prende a discordâncias personalistas.
Tarefa difícil, estar dirigente. Mas muito, muito gratificante e redentora de pesados carmas passados.
Axé, Saravá, Namastê!
Por: Norberto Peixoto.
Fonte: Pérolas de Ramatís
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