Quando se é da Umbanda, tudo é do Santo.
Até as cores ganham significados de Orixás: o mar vira Iemanjá
;

o Rio vira Oxum
;

a comida que chega, Oxóssi quem traz
;

O aço do medalhão que carrego, Ogum quem me deu
;

Até a argila que uso para me lambuzar traz ponto de Nanã para completar
.

Quando se é do Santo, nenhum ato é de graça, nem mesmo a nuvem que passa, passa despercebida, foi Iansã quem levou
...


Quando se é macumbeiro, não se teme cemitério, pede bênção pra entrar pois é a casa do mais velho. E la dentro sinal de respeito é Atotô
.


A máscara que caiu, a desilusão, a recompensa e a mentira que se desmentiu foram os olhos que Xangô abriu
.

A voz que não falha, a intuição que parece minha, escuto para me corrigir e a mão que vem me acariciar é velha e é preta
, tem cheiro de fumo e gole doce de cachaça. Preto Velho curandeiro ta aqui pra me segurar.


E por sorte tudo isso se junta nas encruzilhadas da vida ou da esquina que junta a rua da minha casa com a rua do Exu
pra me guiar - que esse não se perde no caminho - e pra me lembrar que tudo que vai nessa vida, tem hora pra voltar e que se for eu quem precisar levar, ta ele aqui pra me ajudar..






Saravá e um fim de semana de paz e muito amor.
Fonte: Filhos de Aruanda
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